nº 160 - Sangue da Terra



Autor: Keith Laumer e Rosel George Brown
Título original: Earthblood
1ª Edição: 1966
Publicado na Colecção Argonauta em 1970
Capa: Lima de Freitas
Tradução: Eurico da Fonseca

Súmula - foi apresentada no livro nº159 da Colecção, com a indicação de "Ler nas páginas seguintes a súmula do próximo volume da Colecção Argonauta": 

Keith Laumer e Rosel Brown dão-nos com este romance uma das obras mais sensacionais entre as que últimamente se publicaram no campo da ficção-científica. Livro extraordinário, produto de uma fértil imaginação, Sangue da Terra arrebata o leitor mais experimentado, transportando-o a domínios insuspeitados que só os autores souberam construir.
A ficção-científica situa-se no campo do possível. A fantasia criadora constrói universos, imagina situações, tece conflitos e só mais tarde é que o possível se tornou real. 
Sangue da Terra é, sob alguns aspectos, uma obra "profética", em que o futuro se perfila ainda no presente, numa antevisão a que não falta verosimilhança.
Keith Laumer e Rosel George Brown creditam-se entre os melhores escritores contemporâneos da ficção-científica e estamos certos de que vão empolgar os nossos leitores, conquistando, desde logo, um lugar de eleição.
A Colecção Argonauta vai ter, neste 160º lançamento, mais um êxito digno de menção, para o qual contribui a imaginosa capa do pintor Lima de Freitas, e a impecável tradução de Eurico da Fonseca, um especialista que desde há muito figura entre os nossos tradutores habituais. 

Introdução:

O Sol é apenas uma das muitas e muitas estrelas da Galáxia. A Galáxia é apenas um de muitos e muitos outros agrupamentos semelhantes existentes  no Universo. Talvez o Homem nunca chegue a descobrir a maneira de vencer o espaço e o tempo, e de viajar, no tempo da sua vida, até aos milhões de milhões de mundos, mais ou menos semelhantes ao seu, que devem existir por esses céus fora e em que, já há quase quinhentos anos, Giordano Bruno adivinhava a presença de "humanidades semelhantes à nossa, talvez melhores, talvez piores".
Mas se o Homem um dia descobrir a maneira de chegar a esses mundos e a essas humanidades, como será diferente a sua missão, o seu destino! Hoje fala-se muito na Glorious Fiction como sendo um novo género literário, em que os aspectos científicos são secundários - sem serem esquecidos, e em que acima de tudo se procura o sentido do belo e do magnífico - da verdadeiras grandeza da missão humana. A verdade, porém, é que nada há de novo nisso - é um desejo que vem desde que os homens aprenderam a falar e a contar histórias. Estava no cantar dos bardos e, antes deles, no Ramayana, na Ilíada, nos Lusíadas e, antes deles, em tantas outras obras, poéticas ou não, que exprimiram o anseio ou o orgulho de raças que tiveram - e por vezes ainda têm - uma missão no mundo.
As epopeias de hoje já não falam do passado. Porque o progresso faz agora parte da vida humana e constitui também ele uma epopeia. O Homem sonha com o futuro. E é no futuro que imagina a glória. Primeiro foi Edmund Hamilton, com as suas histórias de estranhos seres em estranhos mundos, num universo que já não era o do Sistema Solar, pois que se estendia por todo o céu. Depois vieram as Space Operas, ingénuas, como os romances de cavalaria. E agora, quando tudo já parecia dito sobra a Ficção Gloriosa, ou sobre as Epopeias no Espaço, eis que Keity Laumer e Rosel George Brown apresentam Sangue da Terrra (Earthblood), a mais gloriosa história, a maior epopeia de sempre - e a mais humana de todas. De uma humanidade que se estende além dos próprios humanos.
Sangue da Terra é um poema heróico. Um poema em prosa. O facto de se situar no futuro em nada o diminui. Antes pelo contrário, porque só quando o Homem ignora os horizontes - do espaço, do tempo, e nele próprio - é verdadeiramente poeta. E herói. 

Nota: um livro inesquecível, para mim um dos melhores da Colecção Argonauta. Dava um filme espectacular, na minha opinião. Uma obra que me encantou completamente e que povoou e continua a povoar o meu imaginário embora já tenham passado 26 anos desde a primeira vez que a li. Lembrar-me-ei sempre dos Gracis, de Rohan e da sua Stellaraire... e também do Roberto de Ferro!

4 comentários:

  1. Um dos melhores livros que tive a oportunidade de devorar nos últimos anos. Este, tanto quanto o Jogo do Exterminador, não podem faltar em nenhuma biblioteca de FC que se prese. Sempre releio com a mesma paixão da primeira vez.

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  2. A natureza humana sobrevivendo e aprendendo com todas as diversidades encontradas pelo universo.

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  3. O melhor, adquiri nos inicio dos anos 70, até o momento nenhuma outra supera

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