nº 335 - O Senhor das Estrelas



Autor: Robert Sheckley
Título original: Dramocles
1ª Edição: 1983
Publicado na Colecção Argonauta em 1985
Capa: A. Pedro
Tradução: Eurico da Fonseca 

Súmula - Foi apresentada no livro nº334 da Colecção, com a indicação de "Ler nas páginas seguintes a súmula do próximo volume da Colecção Argonauta":

O Senhor das Estrelas (versão portuguesa de Dramocles), de Robert Sheckley, é uma curiosa combinação da tragédia grega e do drama shakespeariano com a moderna ficção-científica heróica. Dramocles é um rei muito vulgar num planeta muito vulgar... até ao dia em que a sua vida muda por completo ao ser-lhe comunicado que tem "um destino a cumprir". Qual é esse destino é algo que ele não sabe, e que lhe vai sendo revelado a pouco e pouco. Enquanto ele luta para desempenhar essa missão, o mundo vai desabando à sua volta - sem querer, ele desencadeia uma guerra interplanetária, a sua família desintegra-se, a traição cerca-o por todos os lados, o seu reino sofre uma série de invasões de bárbaros. 
Mas Dramocles não desiste. E Robert Sheckley conta a sua história com uma mestria sublime, tornando possível o que aparentemente até na ficção científica seria impossível. 

Introdução:

Dramocles - a obra de Robert Sheckley que na sua versão portuguesa recebeu o título de O Senhor das Estrelas - é uma novela de ficção-científica sem nada de vulgar. Pode parecer insólita, ou mesmo louca - porque o humor na FC é mais raro do que se possa supor, e o humor de Sheckley é muito especial. Mas os anacronismos, as críticas mais do que subtis à vida do nosso tempo (e à vida nos Estados Unidos, em particular), são prodígios de imaginação. Em O Senhor das Estrelas há de tudo, desde computadores que falam e andam... e não são "robots", até bárbaros que usam lanças de raios e montam motocicletas em vez de cavalos. Mas há também algo de fabuloso no verdadeiro sentido da palavra - toda a obra é uma fábula, com uma filosofia que, apesar de todo o humor, de toda a loucura, tem subjacente uma pergunta que nos tempos de agora muitas pessoas fazem a si próprias: haverá alguma ambição humana, qualquer questão entre os homens, que possa justificar um holocausto nuclear?

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