nº 506 - Criptozóica



Autor: Brian Aldiss
Título original: Cryptozoic
1ª Edição: 1967
Publicado na Colecção Argonauta em 1999
Capa: António Pedro
Tradução: Alexandra Santos Tavares

Súmula - foi apresentada no livro nº505 da Colecção, com a indicação de "Ler nas páginas seguintes a súmula do próximo volume da Colecção Argonauta":

Brian Aldiss é um dos mestres, um autor de ficção-científica com um estilo sem igual em beleza e significado, que sabe escolher temas de uma profundidade tal que põem em causa não apenas o futuro da espécie humana para além de todos os horizontes, mas também a sua própria razão de ser.
Criptozóica - cujo primeiro volume agora se apresenta - constitui a versão portuguesa de Cryptozoic e não foge à regra, sendo uma das obras mais importantes que alguma vez se escreveram, no género e além dele. A história, em si, parece simples: Edward Bush é um perito em viagens no tempo e também um assassino recrutado por um regime totalitário para ir até às origens dos tempos. 

Estavam por ali amontoados ao acaso, e, no entanto, com um significado terrível que sugeria a força que os havia atirado para lá. Pareciam algo entre o inorgânico e o orgânico. Proliferavam nas margens do tempo, personificando todas as formas espantosas que o mundo possui; a Terra estava a ter um pesadelo de pedra sobre a descendência que iria enxameá-la.
Aquelas formas copromórficas sugeriam elefantes, focas, diplodocos, estranhos animais de escamas e saurópodes, escaravelhos, morcegos, fragmentos de octópodes, pinguins, vermes da madeira, hipopótamos, vivos ou mortos.  
Surgiram também desajeitadas recordações da psique humana: torsos, ancas, virilhas ligeiramente côncavas, colunas vertebrais, peitos, uma sugestão de mãos e dedos, ombros maciços, formas fálicas: todas diferentes e no entanto todas bem fundidas com as anatomias estranhas em volta naquela agonia solitária da natureza - e todas moldadas ao acaso no betume cinzento, e ao acaso para serem obliteradas.  
Estendiam-se a perder de vista, empilhadas umas sobre as outras, como se tivessem enchido todo o Criptozóico... ou como se fossem as sinistras previsões daquilo em que se iriam tornar, assim como as pós-imagens daquilo que fora havia muito o passado... 

3 comentários:

  1. Na capa lê-se o título 'Criptozóica' contudo nas páginas 1 e 3 lê-se 'Criptozóico'.
    Ainda não li a obra, sabe-me dizer qual seria a melhor tradução neste caso particular?
    Obrigado.

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    1. Viva,

      Acabei de escrever a súmula deste livro, que no próprio texto introdutório que também coloquei refere o termo "Criptozóico". De qualquer modo e segundo pesquisei, o termo "Criptozóico" - (nos tempos actuais mais conhecido como "Pré-Cambriano"), corresponde a um período de cerca de 4 biliões de anos da História geológica do nosso planeta.
      O título da obra em português, é pois um lapso das áreas editoriais e de tradução da Colecção Argonauta.

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  2. Caro enVide neFelibata.

    A informação do blog vai sensivelmente a meio, ainda tenho este livro encaixotado e relativamente aos mais recentes (como é o caso deste) ainda não tive oportunidade de os ler todos, pelo que, não conhecendo o contexto, não tenho elementos que me permitam responder à questão que colocou.

    Assim que chegar a este livro em termos de informação, terei todo o gosto em dar uma vista de olhos e dar a minha opinião sobre a questão que refere.

    Grato!

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