nº 20 - A Sexta Coluna


Autor: Robert Heinlein
Título original: Sixth Column
1ª Edição: 1941
Publicado na Colecção Argonauta em 1955
Capa: Cândido Costa Pinto 

Tradução de: Manuel de Sepúlveda

Súmula - foi apresentada no livro nº19 da Colecção, com a indicação de "Ler nas páginas seguintes a súmula do próximo volume da Colecção Argonauta":


Súbitamente, uma vaga amarela invade os Estados Unidos: os Panasiático que dominam todas as forças militares mercê de um avanço prodigiosamente rápido. A sólida defesa dos Estados Unidos (ou que era considerada como tal) afunda-se rápidamente, sem que tenha tempo de recorrer às suas poderosas armas, que os Panasiáticos conhecem perfeitamente.
Um homem (major Ardmore) surge na "Cidadela" - o reduto em que um grupo de cientistas orientados por Ledbetter trabalha no sentido de dar aos Estados Unidos uma arma inigualável - para lhes dar a notícia do desastre e transmitir as últimas ordens do governo de Washington antes de se afundar: "continuar a lutar". Mas a "Cidadela" deixara de ser a assembleia de sábios que fora. Ledbetter tinha morrido quando procedia à experiência de um aparelho. Com ele, e sob os efeitos da poderosa máquina, tinham perecido centenas de homens.
E Ardmore encontra-se perante a inesperada situação: em vez de um grande e escolhido grupo de sábios, meia dúzia de homens, dos quais só três são sábios; em vez de uma máquina poderosa e concluída - ou em vias de conclusão - um engenho de efeitos incontrolávelmente poderosos, mas que ninguém sabe controlar. Como cumprir, pois, as últimas ordens que Washington pudera dar: "continuar a lutar?"
Mas em Ardmore personifica-se o indomável espírito de luta da América e das suas ordens nasce uma alma nova, que afasta os sobreviventes do desânimo inicial. Sabido que os Panasiáticos apenas concedem aos americanos a liberdade religiosa, tendo eliminado todos os vestígios de cultura e educação tipicamente americanos, ao mesmo tempo que eliminam todo o espírito de revolta pelos massacres a que procedem, quando surge qualquer protesto, funda-se uma nova religião. Religião que, abandonada a Casa-Mãe, alastra por todo o território dos Estados Unidos. Religião que tem como mais poderoso auxiliar a máquina de Ledbetter (que Calhoun e Wilker tinham conseguido ultimar e que passara a designar-se o "Ledbetter") e que consegue a protecção oficial dos Panasiáticos. Religião que entre os seus sacerdotes e os seus fiéis forma uma poderosa rede de espionagem: A Sexta Coluna. Rede de espionagem que penetra pelas mínimas frinchas do sistema de ocupação e que consegue penetrar no palácio imperial. E alcançado o palácio, abre-se uma nova perspectiva para a luta.
A Sexta Coluna encontrou soluções inesperadas para o combate e a ordem de Washington pôde continuar viva. E o "Ledbetter" e a audácia, o engenho, criam o inesperado, o fantásticamente real em que se move toda a população de uma grande potência.
E são estes valores que fazem do livro de Robert Heinlein uma leitura apaixonante e instrutiva, onde se ligam os valores científicos aos valores humanos, em que o fantástico imbrica com o real.

1 comentário:

  1. Tirando os ufanismos patrióticos e as magias físico-químicas, a história e realmente muito imaginativa. A alternativa religiosa como saída das crises é historicamente uma realidade.
    A ação de Ardmore é simplesmente uma aula da moderna liderança que objetiva a meta
    O ponto negativo é a xenofobia exacerbada, típica da época e do local, mas inconcebível sempre.
    Gostei imensamente da história. Li num único embalo e recomendo a quem gosta de boa literatura de FC.

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