nº 317 - Rendez-Vous com Rama



Autor: Arthur C. Clarke
Título original: Rendez-Vous with Rama
1ª Edição: 1972
Publicado na Colecção Argonauta em 1983
Capa: A. Pedro
Tradução: Eurico da Fonseca 

Súmula - Foi apresentada no livro nº316 da Colecção, com a indicação de "Ler nas páginas seguintes a súmula do próximo volume da Colecção Argonauta":

Às 09.46 da manhã de 11 de Setembro, no Verão excepcionalmente belo do ano de 2077, a maior parte dos habitantes da Europa viram uma bola de fogo de um brilho encadeante aparecer no céu, a leste. Segundos depois, era mais brilhante do que o Sol, e enquanto se movia através dos céus - a princípio em absoluto silêncio - deixou atrás dela um turbilhão de poeira e fumo.
Quando passava por cima da Áustria começou a desintegrar-se, produzindo uma série de estrondos tão violentos, que mais de um milhão de pessoas ficaram com a sua audição permanentemente afectada. Foram as mais felizes.
Movendo-se a cinquenta mil metros por segundo, mil toneladas de rocha e metal caíram sobre as planícies do norte da Itália, destruindo em poucos momentos flamejantes o trabaho de séculos. As cidades de Pádua e Verona foram varridas da face da Terra e as últimas glórias de Veneza afundaram-se para sempre no mar quando as águas do Adriático correram, trovejantes, terra dentro depois da marretada vinda do espaço.
Seiscentas mil pessoas morreram e os danos totais ascenderam a um milhão de dólares. Mas as perdas para a arte, para a história, para a ciência - para toda a espécie humana, para o resto do tempo - foi além de todas as computações. Era como se uma grande guerra tivesse sido travada e perdida numa única manhã; e poucos podiam extrair algum prazer do facto de, quando a poeira assentou, durante meses o mundo ter testemunhado as mais esplêndidas alvoradas e fins-de-dia desde o Krakatoa.
Depois do choque inicial, a humanidade reagiu com uma determinação e uma unidade que antes nunca tinha surgido.
Assim começou o "Projecto Guarda Espacial". No ano 2130, um "objecto", classificado primeiramente como 31/439, segundo o ano e a ordem da sua descoberta, foi assinalado ainda fora da órbita de Júpiter. Um contacto pelo radar a essa distância tinha precedentes. O 31/439 devia ter dimensões excepcionais. E na verdade os computadores indicaram, pela análise dos ecos, que o "objecto" devia ter mais de quarenta quilómetros de comprimento.
Os astrónomos pensaram que o 31/439 era suficientemente grande para merecer um nome. E como tinham já esgotado os nomes da mitologia grega e romana, foram buscar um à hindu.
Chamaram-lhe "Rama".
Mas "Rama" não era um meteoro. Nem um asteróide. 
Era um imenso cilindro de metal.O primeiro produto de uma civilização alienígena encontrado pelo Homem.

Eis o tema de Encontro com Rama. A versão portuguesa de Rendez-Vous with Rama, uma das mais célebres obras de Arthur C. Clarke. Uma das mais célebres obras de ficção-científica, em todos os tempos.

Sem comentários:

Enviar um comentário