nº 292 - Os Jogos do Capricórnio



Autor: Robert Silverberg
Título original: Capricorn Games
1ª Edição: 1976
Publicado na Colecção Argonauta em 1981
Capa: A. Pedro
Tradução: Eurico da Fonseca 

Súmula - Foi apresentada no livro nº291 da Colecção, com a indicação de "Ler nas páginas seguintes a súmula do próximo volume da Colecção Argonauta":

De Robert Silverberg, bastará dizer que é um dos grandes autores da moderna ficção-científica - ou, para falar mais propriamente, do género que se designa por ficção-especulativa e que só os grandes mestres, de Edgar Allan Poe a Ray Bradbury, sabem dominar. Galardoado em 1956 com o único Prémio Hugo até hoje concedido "ao Novo Autor mais promissor", agraciado com outro Prémio Hugo em 1969 pela sua curta história Nightwings, galardoado com o Prémio Nebula em 1971 pela novela A Time of Changes, foi também o convidado de honra da World Science Fiction Convention em Heidelberga, em 1970, e da British Science Fiction Convention, em Manchester, em 1976. Recebeu ainda os Prémios Nebula para histórias curtas em 1969 (Passengers) e em 1974 (Born With the Dead), e as suas novelas Thorns e The Book of Skulls foram as segundas mais votadas, também para o Prémio Nebula.
O seu estilo não é fácil. Tem muito de surrealista. Mas é diferente. E o livro mais diferente, entre todos os de Silverberg, é a colectânea de histórias curtas a que foi dado o nome de Capricorn Games - Os Jogos do Capricórnio, na versão portuguesa. 

Introdução

Que Robert Silverberg é um dos maiores autores de ficção-científica, laureado com o Prémio Nebula para novela em 1971 e com o de novela curta em 1969 e 1974, depois de em 1956 ter recebido um prémio especial Hugo para "o mais promissor de novos autores" - o único até agora concedido - é algo que bem se sabe. Menos conhecida é, todavia a actividade de Silverberg fora da novela, o seu uso da ficção-científica como forma de comentário à sociedade do seu tempo.
 Aleixei e Cory Panshin apontaram as obras de Silverberg no princípio dos anos 70, como um exemplo da "decadência da ficção-científica", insinuando que elas eram um exemplo da desorientação do género depois da primeira viagem à Lua ter levado a realidade a ultrapassar a ficção. Mas acrescentaram que "a decadência é uma maneira de exprimir a frustração dentro das limitações do consciente". E essa é a chave de Os Jogos do Capricórnio, a presente obra de Silverberg, uma colectânea de textos escritos entre 1973 e 1974, sob a pressão da guerra no Vietname, do movimento radical e pacifista dos EUA, do julgamento de Ângela Davis, do caso dos Documentos do Pentágono. Em parte desses textos, Silverberg alterna as transcrições de notícias sobre acontecimentos da época com as suas meditações, sempre imbuídas do espírito da ficção-científica, aparentemente desgarradas, mas tão magistralmente concebidas, que por vezes, numa simples linha, está tudo quando podia haver numa história inteira.
Os Jogos do Capricórnio não são uma obra fácil. São algo que não tem semelhante, dentro da literatura de ficção-científica. algo que não deve ser somente lido, mas absorvido. 

Índice:

Os Jogos do Capricórnio - pág 5
O Templo da Ficção-Científica - pág 27
Manuscrito Encontrado numa Máquina do Tempo Abandonada - pág  41 
Breckenridge e o Contínuo - pág 57
Nave-Irmã, Estrela-Irmã - pág 86
Um Mar de Rostos - pág 113 
De um Lado para o Outro - pág 147 

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