nº 242 - O Planeta de Shakespeare



Autor: Clifford D. Simak
Título original: Shakespeare's Planet
1ª Edição: 1976
Publicado na Colecção Argonauta em 1977
Capa: Manuel Dias
Tradução: Eurico da Fonseca

Súmula - Foi apresentada no livro nº241 da Colecção, com a indicação de "Ler nas páginas seguintes a súmula do próximo volume da Colecção Argonauta":

Já em O Tempo dos Duendes (nº145 da Colecção Argonauta), Clifford D. Simak mostrara o seu interesse pela figura de Shakespeare. Agora, é a memória de Shakespeare que surge, dominante, num estranho mundo descoberto por um astronauta, ao fim de uma viagem de mil anos.
Como pôde Shakespeare chegar a esse planeta? Que lhe aconteceu aí? Qual é o segredo dos túneis do espaço? Qual o segredo da civilização que viveu no Planeta de Shakespeare e aí se extinguiu? Eis algumas das perguntas a que Clifford D. Simak responde em O PLANETA DE SHAKESPEARE.

Introdução:

A figura de Shakespeare, que Clifford D. Simak fizera já intervir na sua obra O Tempo dos Duendes (publicada na Colecção Argonauta com o nº148), surge agora de novo em O Planeta de Shakespeare. Dir-se-ia que Simak, que é um mestre do estilo e do espírito, se sente algo tocado pela grandeza dessa figura. Mas para além da admiração que Shakespeare possa merecer da parte de Simak (e de todos os homens), há o facto de ele ser um dos melhores símbolos da aventura e do génio humano.
Que Shakespeare possa interessar a um autor de ficção-científica - a um dos mias antigos e mais sérios autores do género - é algo que, no fim, se pode compreender. Pelo que Shakespeare representa e porque a sua vida foi e é ainda um mistério. Como explicar que um modesto actor, sem fortuna e aparentemente sem educação, pudesse ser o maior autor inglês e uma das maiores glórias das letras, em todos os tempos? Como lhe foi possível adquirir a tremenda extensão de conhecimentos, patente nas suas obras? Onde viveu Shakespeare durante os anos ignorados da sua vida?
Há mais coisas na Terra e no Céu do que o espírito humano pode imaginar - escreveu ele. E é a verdade.

Nota: a citação do editor sobre a frase de Shakespeare não está correcta e encontra-se fora de contexto. Sinto-me por vezes desolado com estes textos introdutórios, que por vezes me parecem um bocado conversa de vendedor da banha-da-cobra, quando tentam, de um modo que penso que acaba por ser redutor e retirar credibilidade ao texto, tecer considerações sobre as motivações dos autores, como se fossem donos da verdade, ou perderem-se na divagação de elogios fantasiosos que de substância realmente pouco têm. Apreciaria muito mais uma simples apresentação contextualizada da obra. De qualquer modo, e na minha opinião, esta é uma obra muitissimo original de Clifford D. Simak, da qual gostei mesmo muito e que reli imensas vezes na minha juventude.

Já agora, e relativamente ao texto do editor, a citação correcta é:

There are more things in heaven and earth, Horatio,
Than are dreamt of in your philosophy.

Hamlet, Act I, scene V

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