nº 30 - Gerações do Amanhã

  
Autor: Robert Heinlein
Título original: Beyond This Horizon
1ª Edição: 1942
Publicado na Colecção Argonauta em 1956
Capa: Cândido Costa Pinto
Tradução: L. de Almeida Campos

Súmula - foi apresentada no livro nº 29 da Colecção, com a indicação de "Ler nas páginas seguintes a súmula do próximo volume da Colecção Argonauta:

Tinham encontrado a solução de todos os seus problemas: já não existiam pobres; os doentes, os cegos, os estropiados nada mais eram do que recordações; todas as velhas coisas de guerra tinham sido esquecidas. Nunca o Homem tinha gozado de tal liberdade. Deviam ser todos muito, muito felizes...

Depois da guerra atómica de 1970 e da guerra genética que terminada pela destruição do Império do Grande Khan, o Homem tinha conseguido eliminar totalmente a destruição em massa. O aperfeiçoamento biológico quase total da raça tinha, no entanto, mantido, como necessidade fundamental, o espírito combativo. E a liberdade de acção de que o homem gozava, permitia-lhe servir-se dessa liberdade para exteriorizar a sua necessidade de luta. Sim, de facto uma liberdade completa, até mesmo a de se abaterem pública e mútuamente. O duelo era permitido e até, frequentemente, aconselhável. Apenas aqueles que usavam a "braçadeira de paz" estavam livres de se verem de repente abatidos... mas esses eram olhados com um certo desprezo.
Nesse mundo de homens genéticamente perfeitos, Hamilton Felix não era feliz. A sua carta cromossomática era esplêndida; devia portanto ser pai. Bastava para isso que depositasse alguns milhões de gâmetas no Banco Genético, para ajudar a realizar o "bebé óptimo". Mas Hamilton Felix não desejava ter um herdeiro. Não lhe parecia valer a pena...
E, no entanto, ainda havia descontentes. O Clube dos Sobreviventes propunha-se subverter a ordem estabelecida, acabar com a selecção genética, dar ao Homem a possibilidade de ser infeliz e ser doente... e também a de ser homem. Hamilton Felix entrou para o clube. Mas valeria a pena destruir o trabalho de séculos? Valeria a pena voltar para trás, à procura do paraíso perdido em que o homem nascia de uma mulher, em que tinha constipações e dores de dentes, em que morria de variadíssimas doenças e em que tinha o pleno direito de não concordar com a existência?
Dessa experiência de Hamilton Felix e do seu encontro com Johg Darlington Smith, homem primitivo de 1926 (que fora encontrado congelado, por uma expedição científica) resulta a solução da vida do próprio Hamilton Felix e também a certeza de que um mundo perfeito nem sempre é o melhor.

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