nº 261 - Exploradores do Infinito



Autor: Ray Cummings
Título original: Explorers Into Infinity
1ª Edição: 1927
Publicado na Colecção Argonauta em 1979
Capa: A. Pedro (neste número é redesenhado o texto da página onde constam as informações bibliográficas relativas à obra e que anteriormente ocupavam toda a página. Passam a partir daqui a remeter-se para a parte inferior da mesma, num conjunto de frases de pequena fonte).
Tradução: Eurico da Fonseca 

Súmula - Foi apresentada no livro nº260 da Colecção, com a indicação de "Ler nas páginas seguintes a súmula do próximo volume da Colecção Argonauta":

Ray Cummings foi um dos primeirso autores de ficção-científica, um dos autênticos pioneiros do género. Muitos dos temas hoje habituais foram pela primeira vez tratados por ele. 
Ninguém ignora que a ficção-científica moderna começou em 1911 com a publicação da novela Ralph 124C41, de Hugh Gernsback. A primeira história de Ray Cummings - The Girl in the Golden Atom - surgiu poucos anos depois, em 15 de Março de 1919, no All Story Weekly. Ray Cummings nascera em 30 de Agosto de 1887, em Nova Iorque. Estudou em Princeton, mas depois mudou-se para Porto Rico, onde a sua família era proprietária de terras. Diz-se que Cummings foi mais tarde secretário de Thomas Alva Edison, mas a lenda não corresponde à verdade, ainda que Cummings tivesse trabalhado com Edison durante cinco anos. A partir de 1919, passou a dedicar-se à literatura de ficção-científica e não tardou que fosse considerado um autor tão importante como Edgar Rice Burroughs. As suas obras eram muitas vezes publicadas em edições cartonadas, o que na época era raríssimo, em tal género. E isso acontecia tanto em Nova Iorque como em Londres. Um tema favorito de Cummings era o universo ultramicroscópico. Recorde-se A Invasão dos Insectos, publicada na Colecção Argonauta, com o nº196.
Em Exploradores do Infinito, Cummings inverte o seu tema habitual. Um famoso cientista e inventor - o Dr. Gryce -, inventa um aparelho que torna visíveis certos raios que atravessam o espaço. Descobre que eles provêm de muito longe, de um superuniverso, para além das estrelas. E o nosso universo não é mais do que um átomo desse superuniverso! Então o Dr. Gryce inventa um veículo que pode viajar não só no espaço e no tempo, mas também no "tamanho". Pode visitar o infinitamente pequeno e o infinitamente grande. Mesmo a cinquenta anos de distância - Explorers Into Infinity foi publicado pela primeira vez entre 1927 e 1928 - a obra de Cummings é curiosa e deliciosa, tanto pelo seu engenho como pela sua ingenuidade. Por isso se compreende que seja um dos mais notáveis clássicos dos tempos áureos da ficção-científica.

Introdução:

Ray Cummings é um dos grandes pioneiros da ficção-científica, um homem que trabalhou com Edison. Cummings nasceu em 30 de Agosto de 1887, estudou em Princeton e publicou a sua primeira obra - A Rapariga do Átomo Dourado - em 1919, na revista All Story Weekly.
O estilo de Cummings é diferente do de qualquer outro autor americano, lembrando Conan Doyle e H.G. Wells. E o seu nivel em nada é inferior ao desses mestres.
Muitas das suas concepções, no plano científico, estão hoje ultrapassadas, naturalmente. Mas outras continuam válidas, revelando uma presciência surpreendente e maravilhosa. E outras ainda continuam a ser verdadeira ficção, mais audaciosa que a de muitos autores modernos.
Cummings tinha uma especial predilecção por uma perspectiva que raras vezes foi posteriormente utilizada por outros autores: a possibilidade de "viajar" não só através do espaço e do tempo, mas também do "tamanho" - isto é, do infinitamente pequeno ou do infinitamente grande.
Em A Invasão dos Insectos, uma obra publicada na Colecção Argonauta com o nº196, Cummings desenvolveu largamente a possibilidade de exploração daquilo a que se pode chamar o "microscopicamente pequeno". Em Os Exploradores do Infinito, foi ainda mais além. Em A Rapariga do Átomo Dourado, Cummings descreveu o universo que poderia haver dentro dos átomos. Em Exploradores do Infinito, obra publicada inicialmente em 1927-28, acontece precisamente o contrário. Suponhamos que o nosso Universo não passava de um átomo de um outro Universo, infinito e imenso...

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