nº 258 - Os Cruzados do Espaço



Autor: Pierre Barbet
Título original: Baphomet's Meteor
1ª Edição: 1972
Publicado na Colecção Argonauta em 1979
Capa: A. Pedro
Tradução: Eurico da Fonseca 

Súmula - Foi apresentada no livro nº257 da Colecção, com a indicação de "Ler nas páginas seguintes a súmula do próximo volume da Colecção Argonauta":

No começo do século XIV, a Ordem dos Templários estava a caminho de dominar a Europa, pois tinha uma riqueza enorme a a sua força, como sociedade secreta, era superior à de muitas monarquias. Mas em meados desse século, a Ordem foi brutamente destruída porque alguns dos seus membros confessaram haver uma conspiração para a conquista do Mundo, sob as ordens de um demónio chamado Baphomet.
Isso é o que a História diz. A História da Terra.
Mas hoje os homens só conhecem um tipo de "demónio". As únicas criaturas que podiam corresponder à descrição que as crónicas davam dos "demónios", eram as que, possívelmente, existem noutros mundos.
Seria Baphomet um visitante da Terra, dispondo de uma tecnologia muito superior à que os homens medievais conheciam?
E qual teria sido o curso da História, se Baphomet tivesse podido fornecer aos Templários, seus aliados, as armas nucleares e o equipamento científico que ele considerava necessário para a formação de um império em que o Sol nunca se esconderia?
Eis o tema de Os Cruzados do Espaço - título dado à versão portuguesa de L'Empire du Baphomet -, uma das melhores e mais curiosas obras de Pierre Barbet, actualmente um dos melhores - ou mesmo o melhor - dos autores franceses de ficção-científica, já conhecido do nosso público através de outra obra original: Os Napoleões das Estrelas (publicado na Colecção Argonauta, com o nº251).  

Introdução: 

Em 1118, Hughes de Payens e mais oito cavaleiros renunciaram ao mundo, consagraram-se a Cristo e, através de votos solenes pronunciados perante o Patricarca de Jerusalém, comprometeram-se a defender, na Terra Santa, os peregrinos contra os assaltantes e ladrões, a proteger os caminhos e a servir de cavalaria ao soberano rei de Jerusalém, Balduíno II. Este, "porque não tinham igreja ou habitação que lhes pertencesse", alojou-os no seu palácio, perto do Templo de Salomão. O abade e os seus cónegos regulares do Templo deram-lhes, para o seu serviço, um terreno próximo. Por essa razão, chamaram mais tarde, aos cavaleiros, os Templários.
Nove anos depois, o Papa Honório II deu-lhes uma regra e um hábito branco em que mais tarde eles colocaram uma cruz vermelha. Duzentos anos mais tarde, a Ordem dos Templários era senhora de uma riqueza sem conto. Os cavaleiros eram independentes e só reconheciam a autoridade do Papa. Os reis tremiam perante eles. Inocêncio II apresentava-se como "o vigário daquele a quem pertence toda a Terra", e logo como "o soberano dos soberanos". Só lhe faltava um exército. Os Templários, saídos da Terra Santa depois da queda dos bastiões cristãos, são quinze mil, só em França, sem contar com os sargentos, os irmãos-de-ofício, os amigos dedicados, os "companheiros do Santo Dever". Irão tornar-se nos senhores da Europa, com o apoio do Papa? Irão afastar o Papa e colocar no trono de São Pedro um dos seus?
Filipe o Belo, rei de França, é pobre, muito pobre. As riquezas colossais dos Templários tentam-no. Convence o Papa de que os templários se preparavam para o depôr, e de que eles são culpados de crimes inomináveis. Em 13 de Outubro de 1307, manda prender os membros da Ordem e ordena que os prisioneiros sejam sujeitos a tortura.
Uma das principais acusações é a de que "cada um dos cavaleiros é cingido por um cordão que coloca sob a camisa e deve usar enquanto viver". Esses cordões "foram tocados e postos em redor de um ídolo que tem a forma de uma cabeça de homem com uma grande barba, a qual cabeça eles beijam e adoram nos seus capítulos provinciais".
Em 18 de Março de 1314, o Grão-Mestre dos Templários, Jacques de Molay, foi queimado vivo com trinta e sete cavaleiros. Não há dúvida de que Filipe o Belo agiu por cobiça e medo, e de que muitas das suas acusações feitas eram falsas. Mas a mais estranha entre todas e - curiosamente - a menos contestada, foi a da existência do ídolo barbado. Quem seria na verdade esse ídolo?
Pierre Barbet tenta responder a essa pergunta à sua maneira - com a originalidade já evidenciada em Os Napoleões das Estrelas (nº251), obra recentemente publicada na Colecção Argonauta. Mais uma vez, a história e a ficção são combinadas de uma maneira ímpar. O que aconteceu aos Templários, no mundo em que vivemos, é da História. Mas o que poderia ter acontecido num mundo alternante? Quem seria então o misterioso ídolo?

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