nº 46 - Os Marcianos Divertem-se


Autor: Fredric Brown
Título original: Martians, Go Home
1ª Edição: 1955
Publicado na Colecção Argonauta em 1958
Capa: Lima de Freitas
Tradução: Mário Henrique Leiria

Súmula - foi apresentada no livro nº45 da Colecção, com a indicação de "Ler nas páginas seguintes a súmula do próximo volume da Colecção Argonauta:


Luke Devereaux, escritor de ficção-científica em crise de imaginação, encontrava-se certa noite numa cabana isolada no meio do deserto da Califórnia. Resolvera recolher-se ali para tentar, no meio do sossego e do silêncio, conseguir dar início ao romance de ficção-científica que o seu editor lhe exigia (e que até já lhe pagara parcialmente). As ideias não vinham, nem com a ajuda de whisky. Nessa noite, Luke estava mais desesperado do que nunca. De repente, pareceu-lhe ter imaginado o início de um argumento: "E se os Marcianos..."
Bateram à porta. Luke abriu, espantado com a hora, dado o isolamento da cabana. Era um homenzinho de noventa centímetros de altura, verde e sorridente. 
- Viva, Zé - disse ele a Luke, trocista.
- É aqui a Terra?
Era... um Marciano!
Daí em diante, milhões desses pequenos Marcianos, seres barulhentos, desordeiros, verdadeiramente infernais, invadiram a Terra. Nada lhes escapava. Com o seu poder especial de cuimar, apareciam em toda a parte, metiam-se em todos os assuntos, desvendavam os altos segredos militares, troçavam de tudo e arreliavam todo o mundo. E, contra isto, nada a fazer; pois que, embora visíveis e audíveis, eram impalpáveis, atravessavam a matéria, não podiam ser atingidos nem destruídos.
E foi o caos por toda a parte.
Não podiam existir mais segredos, os negócios desfaziam-se, o mundo caminhava para a mais completa bancarrota de todos os tempos
Como resolver este problema?
Impossível expulsá-los, impossível entrar em contacto com eles, impossível qualquer espécie de combinação.
E os Marcianos divertiam-se...
Como acabou esta invasão de nova espécie e que remédio lhe foi dado?
É isso que o agudo senso de humor de Fredric Brown, numa brilhante sátira, nos explica, embora sem explicar. Neste romance, o autor já famoso de "Loucura no Universo", afirma-se como um dos mais originais escritores de ficção-científica. Os seus Marcianos, incitam-nos à mais saudável reacção possível perante o absurdo quotidiano do mundo em que vivemos: o anti-conformismo da franca hilariedade.

1 comentário:

  1. Mais um livro a pedir uma nova visita.
    Só me lembro mesmo do início, quando o marciano bate à porta e pergunta "Viva Zé, então aqui é que é a Terra?".
    Mas também, não dá para esquecer um início desses... Aliás, sempre que imagino a cena, vejo o Bugs Bunny no papel do marciano! LOL

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