nº 169 - Um Cântico para Leibowitz 1


Autor: Walter M. Miller, Jr.
Título original: A Cantic for Leibowitz
1ª Edição: 1959
Publicado na Colecção Argonauta em 1971
Capa: Lima de Freitas
Tradução: Eurico da Fonseca 

Súmula - foi apresentada no livro nº168 da Colecção, com a indicação de "Ler nas páginas seguintes a súmula do próximo volume da Colecção Argonauta":

Depois da queda, das pragas e da loucura, começou a sangueira da Simplificação. Os "Simplórios", como as multidões se designavam a si próprias, alegremente, mataram sem piedade todos os "Espertalhões" - os chefes, os professores e os cientistas que acusavam de terem tornado a Terra naquilo que ela era - um deserto estéril e medonho.
Quando doze séculos da mais negra das idades negras passaram, a inteligência humana revoltou-se contra os simplórios. Na cave de um convento, os estudantes dos documentos deixados por São Leibowitz começaram cautelosamente, com muito medo, com muitas hesitações, a tentar produzir luz eléctrica.
Estaria o Homem a caminho de tornar-se novamente demasiado esperto?

Segundo a crítica, Um Cântico para Leibowitz é "uma extraordinária novela, terrívelmente amarga, prodigiosamente imaginativa, trágicamente cómica". Trata-se, na verdade, de uma das maiores obras de ficção-científica de todos os tempos, tendo como tal recebido a mais alta distinção - o Prémio Hugo. A tese do renascimento e morte das civilizações, a explicação audaciosa, mas aflitivamente lógica, dos mitos eternos e fundamentais, do Demónio e do Inferno e de tantas coisas mais, inspirou a Louis Pauwels e a Jacques Bergier o bem conhecido Le Matin des Magiciens - O Despertar dos Mágicos.
Por razões técnicas, Um Cântico para Leibowitz será dividido, na edição portuguesa, em três volumes.

Introdução:

Qual é a maior obra de ficção-científica? Talvez a célebre trilogia da Fundação, de Isaac Asimov. Talvez outra trilogia: o não menos célebre Um Canto para Leibowitz, de Walter M. Miller, Jr. Apenas uma diferença entre ambas: a obra de Miller situa-se simultâneamente mais perto de todos nós e mais distante. A uma distância que todos os homens desejariam que fosse infinita.
Porque o mundo pós-diluviano do Cântico, é aquele que espera os nossos filhos, e os filhos dos nossos filhos, se não soubermos dominar os nossos impulsos, se não tivermos consciência do imenso poder que a cisão e a fusão do átomo trouxe até nós. Quem sabe se no passado, há muitos e muitos milhares de anos, antes do Dilúvio, antes da existência do Inferno e do Demónio, os homens - tiveram uma civilização melhor que aquela que conhecemos. E a queimaram com o fogo do átomo?
Um Cântico para Leibowitz é uma das melhores obras de ficção-científica, em todos os tempos. Uma obra que ganhou o máximo galardão do género - o Prémio Hugo - e que ultrapassou o género e ficou na história da Literatura. Foi ela que inspirou Le Matin des Magicians - O Despertar dos Mágicos - de Louis Pauwels e Jacques Bergier. Nas suas páginas, há a fina e amarga ironia da imensa tragédia humana. Da tragédia eterna.

 Nota: uma obra incontornável no panorama da ficção científica e da literatura fantástica.

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