nº 53 - A Morte da Terra

 

Autor: J. H. Rosny Aîne
Título original: La Mort De La Terre
1ª Edição: 1910
Publicado na Colecção Argonauta em 1959
Capa: Lima de Freitas
Tradução: Mário Henrique Leiria

Súmula - foi apresentada no livro nº52 da Colecção, com a indicação de "Ler nas páginas seguintes a súmula do próximo volume da Colecção Argonauta:


"J. H. Rosny é o maior desconhecido do nosso tempo". Assim começa Daniel Halevy o seu posfácio à Morte da Terra.Também os conhecidos críticos e historiadores da literatura francesa Albert Thibaudet e Henry Clouard reconhecem que "cerca de 1890, era ele o homem de quem mais se esperava, o mais opulento temperamento de romancista da sua época".
Deste romancista que, mercê do seu espírito científico, foi também amigo íntimo dos Curie, dos Langevin, dos Borel e dos Perrin, se apresenta agora a tradução portuguesa do seu romance de antecipação La mort de la Terre, talvez um dos romances que, entre a sua vastíssima produção (para cima de uma centena de obras), mais caracteriza o seu pensamento e a sua forma de encarar os problemas humanos.
No declínio da Terra, milhares de anos no futuro, a população do planeta está reduzida a pequenos núcleos humanos que habitam raros oásis espalhados pela superfície do globo. 
A grande, a principal preocupação é a Água, que se tornou raríssima num planeta absolutamente seco, Água essa que adquire um valor quase místico para os homens de então, aqueles que se chamam a si mesmos os Últimos Homens.
Os grandes adversários dos homens, adversários passivos mas nem por isso menos temíveis, são os ferromagnéticos, espécie mineral em princípio de evolução para a vida animada e talvez os futuros senhores de um planeta já totamente hostil à espécie humana. Esses seres minerais vão invadindo lentamente a superfície da Terra, através de milhares de anos de uma lenta mas segura evolução e, cercando os Últimos Homens, circunscrevem-nos aos seus redutos derradeiros, os oásis onde uma técnica quase perfeita ao serviço do ser humano consegue fazer subsistir a reduzida população do globo.
E no oásis das Fontes Altas vive Targ, o jovem guarda dos Planetários, que sonha ainda com um futuro de abundância para a sua raça. Mas, para além da falta de água, a Terra recusa aos homens até o repouso e, assim, sismos constantes vão destruindo pouco a pouco o que resta da humanidade. 
Nun desses terríveis abalos, o oásis das Terras-Vermelhas é quase totalmente destruído e a tremenda convulsão faz desaparecer a água que tão preciosa era ao oásis.
Targ parte em procura do precioso líquido, como um novo cavaleiro do Graal. Será essa a única forma de fazer persistir uma humanidade moribunda. Água, a força do Homem...
"O neto de J. H. Rosny lembra-se de ter ouvido estas palavras do seu avô, pronunciadas nos seus últimos dias:
- Se pudesse, na minha obra, escolher um livro para o salvar, seria A Morte da Terra".
Asim termina o posfácio de Daniel Halevy. 
É esta obra de J. H. Rosny, um dos maiores escritores franceses do fim do passado século e dos primeiros anos deste, um escritor desconhecido do grande público mas presente na literatura francesa de sempre, que a Colecção Argonauta se honra em apresentar ao leitor português interessado.

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