nº 321 - A Conquista de Marte



Autor:William Rollo
Título original: The Olimpus Gambit
1ª Edição: 1983
Publicado na Colecção Argonauta em 1984
Capa: A. Pedro
Tradução: Eurico da Fonseca 

Súmula - Foi apresentada no livro nº320 da Colecção, com a indicação de "Ler nas páginas seguintes a súmula do próximo volume da Colecção Argonauta":

A Conquista de Marte é a versão portuguesa de The Olympus Gambit, de William Rollo, uma obra muito recente e extremamente actual. O seu tema é, com efeito, a conquista do planeta Marte, os problemas que durante ela poderão surgir - problemas técnicos, humanos e políticos. Porque, se o projecto é americano, o enorme foguete lançador usado na realização do projecto é soviético.
A Conquista de Marte não é apenas uma obra invulgar, poderosa, de ficção-científica. É uma obra excepcional de divulgação das técnicas da exploração espacial, pois expõe todos os pormenores com a maior exactidão, o que será necessário para realizar tal sonho, o que os astronautas terão de fazer, os perigos que irão correr. Porque, no fim, no espaço tudo é frágil. As máquinas e os homens.
A Conquista de Marte, uma obra que irá por certo ser recordada por muito tempo, como uma das mais significativas no campo da ficção científica, será publicada em dois volumes, dada a sua extensão. 

Foi o acaso que levou os homens a tornar 
o ouro no símbolo deles, em vez das pedras; 
foi o acaso que levou os homens a tornarem 
a luta no símbolo deles, em vez da amizade. 
Que o planeta pudesse ter tido melhor sorte 
com pedras e amizade - uma solução simples,
parece nunca ter ocorrido aos seus habitantes.

                                 "All Passion Spent" 
                               Victoria Sackville-West
 
Introdução:

The Olympus Gambit - na versão portuguesa A Conquista de Marte - de William Rollo, é uma obra surpreendente no campo da ficção-científica. Para começar, o seu valor literário é excepcionalmente alto, tão alto ou mais do que algumas das obras mais consagradas da literatura corrente. Por outro lado, a análise que nela se faz da evolução política mundial a curto prazo e, só por si, bastante para justificar o maior interesse - pode-se dizer que William Rollo foi muito além do que dizem e escrevem os analistas mais conhecidos, mostrando não só um profundo contacto com as realidades das relações internacionais mas também uma vulgar percepção das diferenças culturais e psicológicas. No entanto, o que talvez haja de mais admirável na presente obra é a descrição científica e técnicamente impecável e extremamente pormenorizada do que poderá ser a primeira expedição humana ao planeta Marte - desde a preparação e construção da nave ao treino do pessoal e ao voo propriamente dito.
Assim, A Conquista de Marte apresenta-se como uma verdadeira enciclopédia de astronáutica, e na versão portuguesa houve o cuidado de lhe juntar as notas explicativas indispensáveis, nomeadamente quanto à terminologia e às siglas usadas. Mas não deixa de ser uma obra de verdadeira ficção-científica. O seu final é dos mais inesperados - e no entanto mais lógicos - que até hoje surgiram numa novela do género. Melhor, infinitamente melhor que 2001 Odisseia no Espaço - é tudo quanto se pode dizer.
Dada a sua extensão, e o nosso espaço ocupado pelas notas explicativas, A Conquista de Marte será dividida em dois volumes.

1 comentário:

  1. Excelente antevisão do que um dia será a primeira missão humana a Marte. Pena que, 34 anos depois da publicação original do livro, ainda se esteja tão longe de lá chegar como na época.
    Quanto ao facto de se escrever que este romance é "infinitamente melhor do que 2001...", como afirma o editor (ou o tradutor Eurico da Fonseca?) não lembra ao Diabo!

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