nº 35 - O Homem Demolido


Autor: Alfred Bester
Título original: The Demolished Man
1ª Edição: 1951
Publicado na Colecção Argonauta em 1956
Capa: Lima de Freitas
Tradução: Carlos Vieira


Súmula - foi apresentada no livro nº34 da Colecção, com a indicação de "Ler nas páginas seguintes a súmula do próximo volume da Colecção Argonauta:

O Homem Demolido é a história de um homem contra o Universo, uma história empolgante do mundo futuro: a luta de um homem para se livrar de uma Polícia Interplanetária, cujos agentes, dotados do poder de ler o pensamento, tornavam impossível escapar à justiça.
No ano de 2301, Ben Reich, proprietário da mais poderosa organização comercial do sistema solar, atreve-se a assassinar um homem, convencido de que assim conseguirá salvar-se da ruína.
Espera-o um combate sem tréguas para ocultar dos terriveis senhores do Universo o seu crime. Esses senhores são uma estranha gente - os Telepatas - e é entre eles que Reich depara com o seu mais formidável contendor: Lincoln Powell. Powell é um chefe, e está apaixonado por uma rapariga que Reich prejudicou gravemente. Quem é essa rapariga? Precisamente a filha do homem que ele matou. Powell está profundamente convencido da culpabilidade de Reich, e inteiramente decidido a caçá-lo para salvar a ordem futura do Universo!
Powell faz todos os esforços para levar o assassino a desmascarar-se, numa sucessão de emocionantes e extraordinárias peripécias, cada qual mais surpreendente e imprevista...
...Até que, submetendo-se a uma última provação, a de ligar-se directamente a Reich, Powell o leva, por métodos puramente psicológicos, que constituem a grande surpresa da obra, a admitir a sua derrota, a conhecer-se culpado e a submeter-se... a uma terrível DEMOLIÇÃO.
Eis um dos mais absorventes romances de ficção-científica jamais escritos. É uma caçada fantástica, em pleno século XXIV, na qual é descrita a prodigiosa vida do futuro e a natureza superior de um punhado de homens e mulheres, detentores de um poder mágico que os torna guardiões do Universo. Uma obra que os leitores de ficção-científica recordarão como dos melhores que leram, completamente rendidos à sua acção vertiginosa, aterradora, magnífica.

Prefácio: (esta obra tem um pequeno prefácio, serão sempre colocados os prefácios das obras no blog, desde que existentes).

No Universo sem fim nada há que seja novo nem diferente. O que poderá parecer excepcional à minúscula mente do homem, pode ser inevitável para o infinito olhar de Deus. Esse estranho segundo numa vida, esse acontecimento extraordinário, essa fantástica coincidência de ambiente, de oportunidade, de encontro... tudo isso pode ser reproduzido muitas e muitas vezes sobre o planeta de um Sol cuja galáxia gira sobre si mesma uma vez em duzentos milhões de anos e que já girou nove vezes...
Tem havido mundos e culturas inúmeras, alimentando, cada uma delas, a ilusão de que é única no espaço e no tempo. Tem havido homens sem conta que sofrem dessa mesma megalomania; homens que se imaginam a si mesmo únicos, insubstituíveis, irreproduzíveis. E há-de haver mais, muitos mais... um infinito número deles. Esta é a história desse tempo e desse homem... o Homem Demolido.

3 comentários:

  1. Caro João, primeiro tenho de lhe dar os parabéns pelo blog, maravilhoso, e útil pois tem-me ajudado a relembrar alguns números que já li há muito tempo.

    E agora um comentário a este número especial, o nº 35, O Homem Demolido, o primeiro que li da Colecção Argonauta e me fez apaixonar por Ficção Científica, e que ainda hoje, apesar de já ter lido muitos outros, continua a ser dos meus favoritos.

    É incrível como certas coisas na ficção cientifica são metáforas tão precisas do que se para na vida real e nos põe a pensar. E de pensar que certas pessoas acham que a ficção cientifica é aborrecida, e só trata de naves espaciais a disparar umas contra as outras( era o quer eu pensava ihihih).

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    1. Olá cara Trigueirinha,

      Agradeço o elogio ao blog, que realmente me está a dar bastante satisfação realizar, embora só lá para o final do ano deva ficar com toda a informação concluída relativamente às sinopses. De qualquer modo, sempre foi para ir fazendo, à medida da minha disponibilidade... não tenho pressa, apenas quero que fique bem.

      É sempre para mim também uma grata surpresa encontrar alguém do género feminino a apreciar ficção-cientifica, pelo menos de forma assumida. Nos seguidores do blog, só cerca de 10% são do género feminino!

      Não sei se reparou nele, mas sugiro que espreite o outro blog "primo" deste, o da Colecção FC da Europa-América... http://fceuropa-america.blogspot.pt/ - ainda não está completo porque me faltam ainda cerca de 40 números, mas pelo menos já está a lista completa e as capas de 200 obras. A colecção tem um total de 247 volumes. É também uma colecção muito interessante e poucas obras são comuns às duas colecções, pelo que se complementam bastante bem em relação à oferta imensa que oferecem aos leitores.

      Concordo consigo que é triste que algumas pessoas encarem a ficção-científica como algo aborrecido e redutor em termos da imagem que possuem, perfeitamente ilustrada no exemplo que referiu. A ficção-científica segundo creio, sobretudo quando iniciada em idades jovens, abre as portas de imaginação e oferece-nos universos e mistérios que contribuem para tornar a mente de quem aprecia o género mais abrangente, imaginativa, e aberta a conceitos diferentes, além de segundo penso potenciar também valores ligados à tolerância relativamente à diferença, ao "outro".

      Além da ficção-científica, partilhamos o gosto pelo Alentejo. Gostava era de saber porque tirou as duas últimas palavras do comentário inicial... eu gostei de as ler! :)

      Abraço,

      João Vagos


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  2. Caro João,

    Eu já conhecia o seu blog mas há muitos anos que não vinha aqui.Não vou ser original mas queria dar-lhe de forma entusiástica os PARABÉNS POR ESTE TRABALHO EXCEPCIONAL.

    Depois dizer telegraficamente que sou um fã incondicional de FC, comecei tarde a ler FC e que este foi o 2º romance da FC que li ( mas não foi da Argonauta...). O 1º livro que li foi o "Stainless Steel Rat" do Harry Harrison.

    Um abraço e saudações espaciais

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