nº 312 - Projecto Papa (2)



Autor: Clifford D. Simak
Título original: Project Pope 
1ª Edição: 1981
Publicado na Colecção Argonauta em 1983
Capa: A. Pedro
Tradução: Eurico da Fonseca 

Súmula - Foi apresentada no livro nº311 da Colecção, com a indicação de "Ler nas páginas seguintes a súmula do próximo volume da Colecção Argonauta":

Se o primeiro volume de Projecto Papa contém uma das melhores descrições do que poderia ser uma sociedade de autómatos - não de simples robots, concebidos para executar as ordens programadas pelos construtores, mas de verdadeiros seres mecânicos pensantes - o segundo, como se verá, vai muito mais longe, lançando-se em domínios nunca aprofundados pela ficção-científica -, mesmo pelo próprio Clifford D. Simak.
Eis o começo do segundo volume de Projecto Papa:

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Os Velhos da Floresta falavam entre eles, a agradável conversinha de coisas pouco importantes - de toda a parte em torno do planeta falavam uns com os outros, cheios de respeito uns pelos outros, à vontade nas suas relações.
- Houve tempos - disse um deles que vivia numa verde planície que se estendia por centenas de quilómetros de cada lado da cadeia de montanhas que se erguia sobre o Vaticano - houve tempos em que eu estava muito preocupado com a gente de metal que se estabelecera na nossa superfície. Temi que se expandissem, que roubassem o nosso solo e as nossas árvores, os nossos tesouros minerais, desperdiçando a nossa água e a nossa terra. Ainda fiquei mais preocupado quando soube que a gente de metal era uma criação da gente orgânica que os concebera como seus servos. Mas depois de longos anos de vigilância, parecem não oferecer perigo.
- São gente decente - disse o Velho que vivia nos altos picos por cima da cabana de Decker, de onde mantinha uma constante vigilância sobre o Vaticano. - Usam os nossos recursos, mas usam-nos sabiamente, tirando somente o necessário, cuidando de preservar a fertilidade do solo.
Outro que morava entre os altos picos, a oeste do Vaticano, disse:
- A princípio fiquei perturbado pelo muito uso que eles faziam das árvores. ao princípio precisavam de grandes quantidades de madeira e agora também. Mas cortam-nas com saber, nunca desperdiçando nada e nunca cortando em demasia. Por vezes plantam pequenos rebentos para substituir as árvores que cortam. 
São vizinhos muito satisfatórios - disse ainda outro que vivia ao pé de um oceano do outro lado do planeta. - Se era nosso destino ter vizinhos, tivemos muita sorte com estes. 

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