nº 137 - Os Filhos de Matusalém


Autor: Robert A. Heinlein
Título original: Methuselah's Children
1ª Edição: 1941
Publicado na Colecção Argonauta em 1968
Capa: Lima de Freitas
Tradução: Eurico da Fonseca

Súmula - foi apresentada no livro nº136 da Colecção, com a indicação de "Ler nas páginas seguintes a súmula do próximo volume da Colecção Argonauta":

Os membros das Famílias eram seres humanos vulgares, semelhantes aos seus vizinhos em todos os aspectos menos num, muito perturbante: tinham uma longevidade extraordinária.
No ano ultracivilizado de 2125 d.C. essa distinção era intolerável. Perseguidas por um segredo que não possuíam, as Famílias foram obrigadas a escolher: ou a tortura e a extinção pelos outros homens - os de vida curta - desesperados pela inveja, ou uma nava interstelar ainda não ensaiada.
Escolheram a nave. Mas, para seu horror, descobriram que nas estrelas havia uma ameaça ainda mais terrível do que aquela que os forçara a fugir da Terra. 
É este o tema de Os Filhos de Matusalém, o último volume da História do Futuro de Robert Heinlein, da qual os dois volumes anteriores - O Homem que Vendeu a Lua e Revolta em 2100 - foram já publicados na Colecção Argonauta.

Introdução:

Ainda que constituindo uma obra independente, Os Filhos de Matusalém são o último volume da chamada "História do Futuro", de Robert Heinlein, da qual também fazem parte, além de alguns contos e novelas, dispersos por revistas de ficção-científica, as obras de O Homem que Vendeu a Lua (nº11) e Revolta em 2100 (nº132), igualmente publicadas na Colecção Argonauta.
Como se disse na introdução de Revolta em 2100, a "História do Futuro", ainda que representando apenas uma pequena parte da actividade de Heinlein - um dos autores mais representados nesta Colecção - tem-se revelado invulgarmente profética, mesmo nos seus mais pequenos pormenores, o que não é de estranhar, porque Heinlein, além de uma sólida formação científica e de uma honestidade extrema na exposição dos seus temas, é um mestre no estudo da psicologia dos povos - e particularmente no conhecimento das qualidades e defeitos do povo norte-americano.
Assim se compreende que problemas que não são inteiramente novos nos domínios da ficção-científica - como o da vida eterna ou quase eterna e da realização de viagens interstelares e dos primeiros contactos com outras civilizações no espaço - possam ser tratados de maneira absolutamente original em Os Filhos de Matusalém. Uma maneira que, sem deixar de mostrar um profundo respeito pelas limitações da ciência e da técnica, separando a realidade da especulação, é acima de tudo - e como acontece com todas as obras de Heinlein, profundamente humana.
E também - quem sabe, e mais uma vez - profética, pois que a sua publicação entre nós coincide com a notícia de que cientistas americanos procuram actuar sobre o mecanistmo de auto-reparação das células humanas, garantindo a sua eficiência permanente, o que significa a detenção do envelhecimento e logo a vida eterna ou quase eterna...
Nota: Robert Heinlein havia mais tarde de prosseguir esta saga, em livros também publicados na Colecção Argonauta, nomeadamente com a trilogia com o mesmo nome que o editor deu no texto a estas três obras iniciais "História do Futuro", uma verdadeira obra de fundo que posteriormente Heinlein continuaria com "O Gato que Atravessa as Paredes". Acompanhamos com estas edições a saga de Lazarus Long, naquela que é uma das obras mais importantes de Robert A. Heilein, (toda publicada na Colecção Argonauta), a par de outra famosa obra de referência do autor: Um Estranho Numa Terra Estranha (nº 217, 218 e 219). Com Lazarus, começamos a acompanhar algumas pessoas caracterizadas por uma sobre-inteligência e quase imortalidade no seu percurso ao longo da História. Interessantíssima obra, uma das que mais prazer me deu ler. Robert A. Heinlein é um dos meus autores favoritos de Ficção Científica.

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