nº 170 - Um Cântico para Leibowitz 2



Autor: Walter M. Miller, Jr.
Título original: A Cantic for Leibowitz
1ª Edição: 1959
Publicado na Colecção Argonauta em 1971
Capa: Lima de Freitas
Tradução: Eurico da Fonseca 

Súmula - foi apresentada no livro nº169 da Colecção, com a indicação de "Ler nas páginas seguintes a súmula do próximo volume da Colecção Argonauta":

Marcus Apollo teve a certeza da iminência da guerra no momento em que ouviu a terceira mulher de Hannegan dizer a uma serva que o seu favorito voltara com a pele intacta de uma missão às tendas de Urso Louco. O facto de ele ter voltado vivo do acampamento nómada, significava que havia uma guerra em preparação. De facto, o emissário fora comunicar às tribos das Planicies que os estados civilizados tinham entrado no Acordo do Sagrado Flagelo, sobre as terras em disputa e daí em diante se vingariam severamente nos povos nómadas e nos grupos de bandidos perante quaisquer novas pilhagens. Mas nenhum homem podia levar tais notícias a Urso Louco e voltar vivo. Portanto, concluíu Apollo, o ultimato não fora entregue e o emissário de Hannegan fora às Planícies com outro propósito. E esse propósito era bem claro.
Apollo abriu caminho cortêsmente através da pequena multidão de convidados, procurando com os seus olhos perspicazes o Irmão Claret e tentando atrair a sua atenção. A alta figura de Apollo, com a severa sotaina negra, apenas com um pequeno toque de cor à cinta para indicar a sua hierarquia, contrastava profundamente com o caleidoscópio das cores usadas pelos outros na sala de banquetes, e ele não tardou muito tempo a atrair a atenção do seu escriturário e a fazer-lhe sinal para que se aproximasse da mesa da comida, que agora estava reduzida a uma lixeira de côdeas, taças gordurentas e alguns pedaços de carne assada em demasia. Apollo rebuscou entre os restos do ponche com uma colher, viu uma barata a boiar entre as ervas aromáticas, e pensativamente serviu a primeira taça ao Irmão Claret quando ele se aproximou.  

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