nº 65 - Projectado no Futuro



Autor: Charles Eric Maine
Título original: Timeliner
1ª Edição: 1955
Publicado na Colecção Argonauta em 1961
Capa: Lima de Freitas
Tradução: Mário Henrique Leiria

Súmula - foi apresentada no livro nº64 da Colecção, com a indicação de "Ler nas páginas seguintes a súmula do próximo volume da Colecção Argonauta:

Uma fantástica aventura no tempo. Eis o leit-motiv deste novo romance de Charles Eric Maine, mestre considerado de ficção-científica. A fantástica aventura do Dr. Hugh Macklin, um pacífico e aplicado cientista, um homem de espírito racional, trabalhando em Brant, próximo de Londres, num protótipo de cápsula para a quadratura dimensional, nos meados do século XX.

A sua vida encontrava-se organizada, amava a mulher, as suas experiências indicavam que o sucesso não estava longe. Depois, numa fracção de segundo, Hugh Macklin perdeu o seu corpo e afastou-se da sua época. Numa fracção de segundo, percorreu oitenta anos, o quarto de milhão de milhas que separa a Terra da Lua, e despertou no corpo de Eddie Rayner, um dos pioneiros da conquista do Espaço.
Mas oitenta anos pouco é no círculo do Tempo. E a morte de cada indivíduo, em cujo corpo reside, é o processo de Macklin conseguir avançar no futuro. Primeiro oitenta, depois quatrocentos, depois dez mil, depois cinco milhões de anos... ele, Macklin, é então a psicocélula D22.
E, de todas as vezes que viajava no Tempo, a sua fronteira era Lydia, a mulher, a imagem de Lydia, vislumbrada nas jovens, como Valerie, Louana, Thoa 802, que encontrava nesses tempos sucessivos. Elas eram Lydia e contudo não eram Lydia. Do mesmo modo, poderia Macklin afirmar que era qualquer dos homens cujo corpo ocupava? Poderia afirmar que não era nenhum desses homens?
Na brilhante aventura através do Tempo, as implicações psicológicas cruzam-se. O centro é Macklin, o homem condenado ao eterno círculo vicioso de progredir para o futuro até este encontrar o passado, de progredir no passado para alcançar o futuro, sua única esperança de reabilitação, sua única esperança de regresso. O eterno regresso e o eterno progresso. Servindo-se destes dois temas, Charles Eric Maine construiu um romance soberbo, do qual a crítica dos Estados Unidos afirmou ser um dos mais originais e sérios romances de ficção-científica que lhe foi dado apreciar.
Como efeito, nada nesta obra é imposto ao leitor. Essa é uma qualidade fundamental de Eric Maine: não declara, propõe. O leitor aceita ou não o jogo, consoante for ou não um leitor de ficção-científica.
É esta história, a história de um homem projectado no futuro por forças incontroláveis por ele próprio criadas, dum homem lutando nas épocas mais remotas do futuro longínquo para regressar à sua época e ao seu mundo, que se oferece ao leitor no próximo volume da Colecção Argonauta.

2 comentários:

  1. Adquiri este livro à alguns meses por 3 € num alfarrabista.
    Terminei a leitura ontem e a narrativa pode ser descrita com apenas uma palavra: fabulosa. Fabulosa a descrição que o autor desenvolve das várias sociedades futuras para as quais a personagem principal vai sendo "arrastada". Fabulosa também a conclusão da história com um "twist" inesperado.
    Um dos melhores livros que até agora li da argonauta.

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  2. Livro muito bom. Recomendo.

    Blog fantástico, obrigado.

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