nº 213 - Os Homens das Estrelas



Autor: Stuart J. Byrne
Título original: Starman
1ª Edição: 1969
Publicado na Colecção Argonauta em 1975
Capa: Lima de Freitas
Tradução: Eurico da Fonseca 

Súmula - Foi apresentada no livro nº212 da Colecção, com a indicação de "Ler nas páginas seguintes a súmula do próximo volume da Colecção Argonauta":

Larry Buchanan, um astronauta, sofre um trágico acidente no espaço. Porém, contra o que seria de esperar, não morre. Congelado na sua nave destroçada, a centenas de milhões de quilómetros da Terra, desperta três séculos depois, numa colónia humana, perdida entre as estrelas.
E então, inesperadamente, Larry vê-se no meio de uma luta titânica, interplanetária, em que o desejo de justiça mascara a cega ambição pessoal e o egoísmo dos "homens das estrelas". É a guerra - uma guerra sem vencedores. E é um futuro possível - infelizmente. Um futuro a que os homens não poderão escapar, se se recusarem a aprender as lições da História.
Os Homens das Estrelas (Starman) é uma obra notável de um autor notável: Stuart James Byrne. Na opinião de um dos melhores críticos de ficção-científica, Forrest J. Ackerman, trata-se de um livro de tão grande amplitude e profundidade que deverá vir a tornar-se num clássico. É escrito por um homem cuja cultura assenta nítidamente em factos científicos. A escala segundo a qual Stuart Byrne escreveu esta novela, coloca-a ao lado de 2001 - ODISSEIA NO ESPAÇO.

Prefácio:

É minha opinião pessoal que já foram escritas demasiadas coisas sobre o dia do Juízo Final. Conhecemos todos a convergência agoirenta das profecias: as Revelações de São João, Nostradamus e a Grande Pirâmide de Gizé. Isso já não é esotérico e muito pouco prestígio pode fornecer. Em qualquer momento, no resto do século XX, é provável que comece a III Guerra Mundial.
Mas recuso-me a aceitar a ideia de que o holocausto atómico será o fim da civilização humana. Lavar o cérebro das nossas gerações mais velhas e mais novas, dizendo que já não temos horizontes nem esperança no Amanhã, é sacrilégio. O Homem estará sempre aqui, a amar, a odiar, a lutar, a conspirar e a procurar as esquivas respostas ao eterno mistério da vida. Pode ser muito bem que a "porta seja estreita", mas sei que sobreviveremos ao Armagedão das ideologias.
Há um horizonte distante. A ressureição do Homem é inevitável. Haverão novos Edens e Êxodos, mas a vida continuará. Aí, nas futuras tapeçarias do Tempo, erguer-se-ão novos impérios e vastos empreendimentos, sem dúvida acompanhados por mais rangeres de dentes e os clamores e gritos dos falsos profetas. Iremos pelo mar, em naves, ou pelos infinitos oceanos do universo, fazer "comércio nas grandes águas". Inevitávelmente, o Homem descobrirá a sua finalidade. É nisso que acredito, e por isso escrevi a antecipação fictícia desse grande feito.

STUART JAMES BYRNE

Nota: uma grande surpresa, esta obra! Agradou-me imenso. Combina romance com aventuras espaciais, mas com extremo bom gosto e um grande nível narrativo, que nos prende do princípio ao fim. É daquelas obras que no final, ficamos com pena que tenha acabado e com saudades do que nos fez sentir. É o maior elogio que posso fazer.

2 comentários:

  1. Faltou o 212 Corrupção Nas Galáxias de Keith Laumer.

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  2. Viva Zanucki, as minhas desculpas por não ter respondido antes, só vi isto hoje!
    O blog por vezes tem coisas estranhas... por vezes quando se navega para a página seguinte pode saltar um número, não faço ideia porquê. Mas os números estão todos inseridos, se for ao índice e clicar no título, ele aparece.
    Grato!

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