nº 33 - Fahrenheit 451


Autor: Ray Bradbury
Título original: Fahrenheit 451

1ª Edição: 1953
Publicado na Colecção Argonauta em 1956
Capa: Lima de Freitas
(iniciam-se nesta obra as capas de Lima de Freitas)
Tradução: Mário Henrique Leiria

Súmula - foi apresentada no livro nº32 da Colecção, com a indicação de "Ler nas páginas seguintes a súmula do próximo volume da Colecção Argonauta:

Fahrenheit 451 - a temperatura a que um livro se inflama e consome...

O mundo está organizado e a felicidade é obrigatória. Todos possuem paredes com imagens animadas, robots domésticos, casas climatizadas e ignífugas. Os bombeiros, guardas da ordem social, nada mais têm que uma função: queimar os livros, fonte de todos os perigos e descontentamentos. Para quê livros, num mundo em que todos são felizes, para quê ler quando as paredes da sala passam o dia, ininterruptamente, a dar espectáculos a três dimensões, coloridos, devertidíssimos... para quê ler, quando basta introduzir o micro-rádio na orelha para a música, os anúncios, os discursos nos acompanharem por toda a parte...
Mas, ao encontrar Clarisse, uma estranha e misteriosa rapariga, o bombeiro Montag sente nascer em si bizarros pensamentos. Faz perguntas a si mesmo, quer saber onde estão as verdadeiras riquezas da vida. Enfim, rouba livros em vez de os queimar e começa a ler. Todas as desgraças em potência se vão abater sobre ele. O mundo da felicidade desmorona-se e o absurdo de uma existência demasiado perfeita é-lhe patenteado. Depressa vê a sua própria casa  a arder, queimada por ele mesmo, a sua mulher partir sem o olhar. Depressa se torna um assassino e um perseguido, um fora da lei fugindo, através da cidade, de um cão-polícia mecânico e infalível.

É então que encontra aqueles que ainda conservam em si o conhecimento e a sabedoria... Mas a guerra, a guerra que ninguém espera porque ninguém quer ver para além da sua felicidade em série, rebenta, explode num inesperado que tudo destrói.
E Montag segue o caminho do futuro, com aqueles que, de olhos bem abertos, se propõem, um dia, "a construir a maior pá mecânica da História, cavar o maior túmulo de todos os tempos, e enterrar a guerra"...

Esta obra foi adaptada para o Cinema em 1966, por François Truffaut:

 

4 comentários:

  1. Brilhante! Funciona não apenas como boa obra de ficção científica como também excelente romance atemporal. Quanto ao blog, foi muito bom encontrar todas essas obras reunidas! Sinto muito por não ter tido a oportunidade de ler ficção cientifica quando criança. Seria muito bom conseguir colecionar esses livros!

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  2. Cara Isabele Maia, muito obrigado pela sua simpatia, para mim também foi muito gratificante fazer este blogue e sobretudo encontrar pessoas com o mesmo carinho que eu por esta Colecção.

    Força para começar a sua Colecção Argonaut! Ainda fácil de conseguir (pelo menos a maioria dos números) em alfarrabistas, sites de venda de usados (leiloes, miau, etc) e também na Feira da Ladra.

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  3. Prezado João, bom dia.
    Seu site da Argonauta é a REFERÊNCIA para mim. Consulto-o diariamente.
    Já até fiz algumas contribuições, pequeninos acertos.
    Agora achei uma imagem de capa interessante, "Fahrenheit 451" sem rasgo na capa. Talvez vc já conheça, está no skoob.com.br/livro.
    Sds
    Alvaro Costa

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