nº 302 - Os Filhos do Cosmos

Autor: E.E."Doc" Smith
Título original: Children of the Lens
1ª Edição: 1954
Publicado na Colecção Argonauta em 1982
Capa: A. Pedro
Tradução: Eurico da Fonseca 

Súmula - Foi apresentada no livro nº301 da Colecção, com a indicação de "Ler nas páginas seguintes a súmula do próximo volume da Colecção Argonauta":

A célebre série Lensman vai chegar ao fim. O próximo volume da Colecção Argonauta - Os Filhos do Cosmos (Children of the Lens), no original - é o último da grande e maravilhosa história que E.E."Doc" Smith escreveu sobre os Portadores da Lente e a Patrulha Galáctica.  
Agora, os protagonistas já não são Kimball Kinnison e Clarissa MacDougal, mas sim Christopher K. Kinnison - "Kit" Kinnison - o seu filho. E Kathryn, uma das filhas. Os Filhos da Lente - os Filhos do Cosmos
É a batalha final - a Batalha de Eddore, travada com as armas mais fantásticas, como o túnel da morte hiper-espacial, através dos quais podem ser lançados planetas contra planetas, na guerra entre as galáxias. E travada também com a força dos espíritos, uma força incrível, desenvolvida no estranho mundo de Arisia.
Os volumes anteriores da série Lensman foram publicados na Colecção Argonauta com os números que a seguir vão indicados:

Triplanetária, nº 259
O Planeta Secreto, nº 265
Patrulha Galáctica, nº 270
Heróis Galácticos, nº 275
A Lei do Espaço, nº 288 

Damos em seguida um pequeno excerto:

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O Coordenador Galáctico Kimball Kinnison acabou a sua segunda chávena de café teluriano e entrou numa abstracção negra. vinte anos pouco o tinham mudado. Pesava o mesmo ou um pouco menos.Os cabelos pareciam castanhos; o seu rosto severo tinha poucas rugas. 
- Kim, desde quando pensas que podes fechar-me o teu cérebro? - perguntou Clarissa Kinnison num pensamento calmo. Os anos tinham tratado a Portadora Vermelha com bondade. Era fora bela, agora era magnífica. - Sabes que este compartimento está protegido, até mesmo contra as garotas.
- Desculpa, Cris, não foi por mal.
Ela riu-se - Bem sei. É automático. Mas há duas semanas que isso acontece.
- Tenho estado a pensar, por muito incrível que pareça.
- Bem sei. Fala, Kim.
- Têm estado a acontecer coisas inexplicáveis... sem razão aparente.
- Tais como?
- Todas as coisas insidiosas que se podem imaginar. Ódios, psicoses, histerias de massa, alucinações, apontando para uma epidemia de revoluções e tumultos em toda a Civilização, aparentemente sem qualquer base ou justificação.
- Como pode ser isso, Kim? Não ouvi nada a tal respeito"
- Não é coisa de que se fale. Cada sistema solar pensa que é um problema puramente local, mas não é. Como Coordenador Galáctico, com uma larga visão de tudo quanto se passa, pude aperceber-me disso antes de quaisquer outros. Enviámos alguém a sondar o caso e...
- E o quê?
- Os nossos Portadores não chegaram ao primeiro posto de vigilância. Depois pedi aos nossos Portadores da Segunda Fase - Worsel, Nadreck e Tregonsee - para largarem o que estavam a fazer e resolverem o problema. Não conseguiram nada. Seguiram e continuam a seguir uma multidão de pistas, mas até agora não conseguiram nada.
- O quê? Queres dizer que estamos perante um problema insolúvel?
- Até agora ainda não o conseguiram resolver. E isso dá-me furiosamente que pensar.
Compreendo e compreendo também que isso te dê tremendos desejos de te juntares a eles. Mas devias ter contado comigo desde o princípio.
- Tinha razões para não o fazer. Primeiro, Mentor disse que só os nossos descendentes estariam prontos para enfrentar o que vemos agora a formar-se, pouco a pouco. Segundo, és a única pessoa capaz de ler os meus pensamentos sem uma Lente. Terceiro, Mentor disse-nos que o nosso casamento era "necessário", uma palavra que te fez meditar algum tempo. Quarto, a fórmula da Patrulha é enviar o melhor homem para um trabalho e, se ele falhar, enviar o graduado Número Um da presente classe de Portadores. Quinto: um Portador tem que se habituar a usar tudo e toda a gente disponível seja o que for ou quem for. Sexto: Sir Austin Cardynge acreditou até à sua morte que fomos atirados propositadamente fora desse tubo hiper-espacial e para além do espaço.
- Continua: não estou a ver muita ligação nisso.
- Verás, se pensares nos seis pontos em ligação com a nossa situação actual. Kit gradua-se no próximo mês e por certo será o número um de toda a Civilização.
- Evidentemente. Mas no fim de tudo ele é um Portador. Ser-lhe-á entregue um problema qualquer; porque não esse?
- Não compreendes ainda qual é o problema. Tenho estado a juntar dois e dois durante semanas e não consigo outra resposta além de quatro. E se dois e dois são quatro, Kit terá de enfrentar Boskóne - o "verdadeiro" Boskóne: aquele que eu nunca alcancei e talvez jamais alcance.

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Introdução:

Esta é a última obra da série Lensman, de que fazem parte os seguintes volumes da Colecção Argonauta:

Triplanetária, nº 259; O Planeta Secreto, nº 265; Patrulha Galáctica, nº 270: Heróis Galácticos, nº 275; A Lei do Espaço, nº 288 

Quando a guerra de Boskónia terminou, Kimball Kinnison casou com Clarissa MacDougall, estabeleceu o seu quartel-general em Klóvia e assumiu os poderes de Coordenador Galáctico.
Kimball Kinnison, ainda que de modo nenhum fosse um mutante, era o penúltimo produto de uma prodigiosa linha de acasalamentos selectivos, meticulosamente preparados. O mesmo acontecia com Clarissa MacDougall. O Almirante Haines e o Marechal-Médico Lacy, pensaram que eles se deviam unir e promoveram um romance entre os dois. O resultado foi o de os genes deles se terem complementado para produzir o primeiro Portador da Terceira Fase: Christopher K. Kinnison.
Christopher nasceu em Klóvia. Três e quatro anos mais tarde, nasceram as suas quatro irmãs - dois pares de gémeas não idênticas. Quase não soube o que era ser uma criança de peito, quase não soube o que era a infância. Ele e as suas irmãs, tendo por pais os Portadores da Segunda Fase, habituados desde o princípio das suas vidas a criaturas como Worsel de Velantia, Tregonsee de Rigel IV e Nadreck de Palain VII, compreende-se que nunca tivessem ido à escola. Não eram como as outras crianças da sua idade, mas antes que Christopher soubesse que era invulgar que uma criança que ainda mal andava já calculasse órbitas de asteróides altamente perturbadas como um simples "exercício aritmético mental", sabia já que importava que mantivesse ocultas as suas "anormalidades". 
Christopher viajou muito, por vezes com o pai, ou a mãe, ou ambos; por vezes sózinho. Pelo menos uma vez por ano foi a Arisia, "receber tratamento". Por razões puramente físicas, seguiu os últimos dois anos do curso de Portadores, em Wentworth Hall em vez da Academia de Klóvia, porque em Tellus o nome de Kinnison nada tinha de especial e porque em Klóvia era impossível esconder o facto de que "Kit" Kinnison era o filho do Coordenador.
Esta é a história de "Kit" Kinnison, Portador do Terceiro Grau, e de suas irmãs - os Filhos do Cosmos. 

2 comentários:

  1. Boa noite, espero que me desculpe o reparo por uma tamanha insignificância mas a imagem apresentada como sendo a capa deste volume nº 302) corresponde na verdade ao verso do volume anterior (nº 301)... Se o faço é só para contribuir para a excelência do blog. Cumprimentos. PTJS

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  2. Bom dia caro PTJS,
    Muito obrigado pela atenção que teve, acabei de corrigir a capa em questão.
    Grato e os meus cumprimentos!

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