nº 325 - A Conquista das Estrelas


Autor: James P. Hogan
Título original: Voyage from Yesteryear
1ª Edição: 1982
Publicado na Colecção Argonauta em 1984
Capa: A. Pedro
Tradução: Eurico da Fonseca 

Súmula - Foi apresentada no livro nº324 da Colecção, com a indicação de "Ler nas páginas seguintes a súmula do próximo volume da Colecção Argonauta":

Perante a ameaça do holocausto nuclear, uma nave automática é enviada para o sistema de Alfa do Centauro, para assegurar a sobrevivência da espécie humana. "Genes", permitem à nave conceber electrónicamente uma geração de colonos assim que o planeta, chamado Chiron, esteja preparado para eles. Muitos anos depois, após a reconstrução, o estado fascista que sucedeu aos Estados Unidos, envia uma nave gigantesca com 30.000 homens a bordo na viagem de 20 anos para Chiron. Esperam assumir o domínio do planeta e proteger a colónia contras os dois blocos de potências adversárias. O que encontram, é uma sociedade anarquista, utópica, que não pode ser dominada e não trata com eles, excepto a um nível individual. Os recém-chegados verificam que o seu próprio sistema se desmorona quando enfrenta uma sociedade em que a liberdade e a responsabilidade individual substituem o governo e o dinheiro.
Eis o tema fascinante de "Conquista das Estrelas", versão portuguesa de "Voyage from Yesteryear", a célebre obra de James P. Hogan. E o tema não é tudo. A precisão científica e tecnológica dos pormenores, a intensidade da acção, são verdadeiramente únicas.
Devido à sua extensão, "A Conquista das Estrelas" será dividida em dois volumes.
Eis como começa a narrativa:
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Cerca de seiscentos metros abaixo da linha de cumeada, o Terceiro Pelotão da Companhia D instalara o seu Posto Táctico de Batalha numa cova rodeada por manchas interligadas de arbustos e mato. Um canto, numa parede baixa de rocha, abrigava-o de dois lados; um grande penedo fechava-o no terceiro, e um parapeito de pedras pequenas, chatas, protegia-o pela frente; um estudo térmico, estendido através do topo, escondia o calor corporal dos seus ocupantes dos sempre vigilantes sensores dos satélites de observação hostis. 
A cena do exterior era enganoramente calma, quando Colman levantou um canto e espreitou, mantendo a cabeça bem atrás da orla da cobertura. A encosta, abaixo do posto, descia rapidamente, com as suas características a tornarem-se rapidamente indistintas sob a fraca luz das estrelas antes de desaparecer por completo no negrume compacto da garganta, lá em baixo. Não havia lua e o céu estava límpido como cristal. Quando os seus olhos se adaptaram às trevas, Colman transferiu a sua atenção para o terreno mais próximo e metodicamente explorou a área, na qual os vince e cinco homens do pelotão se tinham mantido escondidos e imóveis durante as últimas três horas. Se tivessem aberto as suas tocas e as covas para as armas como lhes ensinara e se tivessem feito um uso adequado das rochas e da vegetação, teriam uma boa possibilidade de escapar à detecção. Para confundir ainda mais as tácticas do inimigo, a Companhia D colocara engodos térmicos a oitocentos metros atrás e acima, junto à crista, onde, segundo todos os princípios estabelecidos, seria mais admissível que o pelotão estivesse posicionado. Auto-regulados para se ligarem e desligarem numa sequência acidental para simularem movimentos, os engodos tinham atraído fogo esporádico durante grande parte da noite, enquanto o pelotão não atraíra nenhum, o que parecia dizer alguma coisa sobre o valor do "manual", tal como estava ser revisto pelo sargento-ajudante Colman. "Há duas maneiras de fazer qualquer coisa", dissera ele aos recrutas. "A maneira do Exército e a maneira errada. Não há outras. Portanto, quando te digo que qualquer coisa é à maneira do Exército, que significa isso?"
"Quer dizer que é a sua maneira, Sargento."
"Muito bem."
Um pequeno ponto de luz alaranjada brilhou por um segundo a cerca de quinze metros, onde Stanislau e Carson estavam a cobrir o trilho que vinha da garganta com o laser de "submegajoule". Colman franziu a testa. Voltou a cabeça, um mínimo, para murmurar a Driscoll. 
- O PCL está a mostrar um cigarro. Diz-lhes para acabarem com isso.
Driscoll carregou no painel-teclado da "comochila" e um espigão imprimiu ao solo vibrações ultra-sónicas que se difundiram, transportando o indicativo do Posto de Calhão Laser. 
- PCL à escuta - respondeu uma voz abafada vinda da "comochila".
 Driscoll falou ao suporte do microfone que se projectava do seu capacete. 
- Vermelho Três, exame de rotina.
Isso deixaria um registo inóquo no sistema informático de gravação de sinais. Nas trevas Driscoll carregou numa tecla para desligar o canal de registo por um momento.
- Estão a mostrar uma luz, seus cabeças de trampa! Apaguem-na ou cubram-na! - O dedo dele soltou a tecla. - Informe sobre a situação, PCL. 

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3 comentários:

  1. Li uma quantidade considerável de livros desta colecção e hoje há uma notícia que me fez lembrar deste livro: http://www.dn.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=2834526

    Parabéns ao autor de blogue!

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  2. Há um ensaio sobre o futuro da humanidade com ideias semelhantes a este livro da Argonauta:
    http://uniorder.org/8dia_intro.pdf

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  3. Premissa muito interessante, mas não apreciei o estilo do autor: julgo mesmo que este é o único livro da colecção, ou melhor dizendo dos volumes que eu possuo, que li apenas uma vez

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